sexta-feira, setembro 22, 2006

O MERCADO DA POESIA

Fui ao mercado da poesia
Certo dia passear
Ia vender paciência
Mas ninguém ma quis comprar.

Eu voltei a insistir
E a pedir-lhe porém
‘leve um pouco de paciência
que não faz mal a ninguém.’

No outro dia voltei
Desta vez para comprar
Vi lá uma janela
Que eu gostava de levar.

Era a janela da esperança
Que me mostrava o mundo inteiro
Quando fui para pagar
Não me chegava o dinheiro.

Não me chegava o dinheiro
E eu fiquei arreliada
Fiquei com a paciência
Mas não me resta mais nada.

2001-08-05

Sem comentários: